sábado, 31 de dezembro de 2011

Adeus 2011

Despeço-me deste ano completamente de rastos.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Ressequimento


Tudo começou quando a terra ficou saturada de tanto trabalhar.
As plantações eram sucessivas e ela não respirava. Um dia, o agricultor plantou um pé de feijão muito forte e que lhe sugava toda a água que ainda lhe restava e como esta nova plantação era frágil, a terra canalizou para aí toda a energia, e as outras plantações, principalmente a macieira do centro, ressentiram-se. O agricultor nada fazia ao ver a terra ressequida. Ficava só a olhar a, para ela assustadora, queda da colheita, preocupando-se, principalmente, com aquilo que pouca relevância tinha quer para a macieira, quer para o pé de feijão. A terra sentia-se cada vez mais despovoada e sem capacidade para se autorregenerar.


Ela sabe que em breve nenhuma maçã sobreviverá e que agora já nada pode acontecer para que a sua produtividade volte a ser o que era antes.


A terra transformar-se-á em deserto. Só o pé de feijão vingará, mas sem a força que devia, porque a terra que o sustenta está morta por dentro.

Dor-dupla

Para além da dor-fria que se instalou após a verbalização e que permanece sem esperança, hoje existe uma outra dor, a dor-mãe que não pode ir ao lanche para os pais no "infectário" das feijocas.


Hoje não está nada bom, nada bom mesmo.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A ti, SL

Há pessoas que se cruzam na nossa vida e por quem sentimos uma química imediata, com quem nos identificamos e gostamos de conversar, assim como há aquelas por quem sentimos um asco inevitável, mesmo que elas nunca nos tenham feito mal. São sentimentos que não se explicam. Alguns dirão que são resquícios de vidas passadas.
Há pessoas que fazem com que, de repente, as palavras escondidas, nunca reveladas, comecem a sair em catadupa e desvendamos aquilo que materializado assume um peso maior porque foi verbalizado.
Há ligações que se criam inconscientemente.
Há situações iguais às nossas e que convivem ao nosso lado sem que (quase) nos apercebamos disso.

Obrigada por hoje.
Desculpa por hoje.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Hoje...

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... o coração não bateu mais forte, o sangue não correu desenfreadamente, as palavras custaram a sair. O ideal-real-agora-indesejado continua a habitar-me, mas apenas como hóspede a quem não queremos transformar em sem-abrigo pelo costume de o albergar.











Os anos passam. 40. Parabéns.


Joana Cato

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Desmontagem do que é a publicidade










Nota - tenho tanta coisa para dizer, mas não tenho tempo para o fazer. Melhores dias virão!