Às
vezes esquecemo-nos da importância que as pessoas têm na nossa vida.
Minimizamos, achamos que cada um tem a sua função e que nada mais há do que
isso.
Às
vezes achamos que até há pessoas que são prescindíveis e que a partir do
momento em que crescemos, cada um tem o seu caminho independente.
Ingenuidade.
Inconsciência.
A
verdade é que há coisas que ultrapassam o próprio entendimento.
Quando
digo “Pai”, há um mundo de coisas que sinto e que ficam por dizer.
A
tendência é sempre, e só, criticarmos, dizermos o que está mal e
digladiarmo-nos como dois galos que querem comandar a capoeira do outro. Estas
palavras-ferida que se trocam existem porque nos amamos e queremos que o outro
siga o caminho que achamos o mais acertado.
Posso
ser/Sou a que primeiro te critica, mas também sou a que primeiro te defende se
alguém te critica.
Postura
estranha esta e tão reveladora.
Por
vezes, temos vergonha de dizer às pessoas o quão importantes são para nós.
Infelizmente reprimimos sempre o bem e deixamos que o tempo passe sem uma
palavra ou um gesto que traduza o nosso real sentimento.
Seria
importante que, por vezes, tirássemos a capa e olhássemos para o outro como
pessoa maravilhosa que é e em vez de apontarmos as falhas, enaltecêssemos as
qualidades que são, com toda a certeza, muitas.
Independentemente
de todas as situações e contrariedades do caminho, independentemente de todas
as vezes que falei, falo e falarei num
tom desadequado, a verdade é que o que sinto é inabalável – amo-te com todos os
defeitos e virtudes. Devo-te a vida.
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