sexta-feira, 7 de maio de 2010

O amor também morre





Amor que morre


O nosso amor morreu... Quem o diria?
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta,
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!

Bem estava a sentir que ele morria...
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre... e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia...

Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos pra partir.

E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
De que outro amor impossível que há-de vir!

Florbela Espanca




Por vezes o amor morre, com ou sem aviso, morre lentamente, vai morrendo com o passar do tempo até que constatamos que já não mora lá, já não está no sítio do costume, desapareceu (normalmente para sempre) e depois sofremos e questionamos tudo, não percebemos o motivo dessa morte, mas sabemos que já não existe. Não é preciso a chamada "razão de peso", por vezes são "migalhas" que se amontoam e corroem aquilo que outrora existia
.
O amor é assim, nasce, cresce e morre, como tudo na vida.

2 comentários:

Anónimo disse...

Não há forma de explicar que o "meu amor morreu". Obrigada pelo apoio. Bjinhos CS

Incógnita disse...

Caro/a anónimo/a (CS), não é fácil admitir que quem nos amava deixou de o fazer. Há que compreender também esse lado. Acredito que tudo se resolve, sempre!

Estou aqui, para o que der e vier!