segunda-feira, 30 de maio de 2011

Toc-toc


Quando estou prestes a sair, bates-me à porta sem pedir licença para entrar. E ficamos assim, com a eterna-porta-entreaberta. Eu sem forças para a fechar. Tu com esse desejo sórdido de a abrires e retirares crosta por crosta a ferida que dói e que se quer esquecer.

Joana Cato

sábado, 28 de maio de 2011

Nevoeiro


Acabei de chegar daqui.
Fizeram-me esta surpresa e ainda estou no nirvana.
Um dia, hei-de fazer um espectáculo destes.







Para quem não viu, lamentavelmente, já não poderá ver, acaba este fim de semana e parece que está esgotado.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Já disse aqui alguma vez que ODEIO HOSPITAIS E MÉDICOS E TUDO?!

Já estava a estranhar que a minha feijoca S. não tivesse nada há tanto tempo (sensivelmente 3 semanas)... 6ªfeira começou a febre que se prolongou até domingo. Três dias de febre, supostamente há que consultar o médico. Vi que ela tinha a garganta-inflamada-a-chamar-uma-amigdalite. Hospital com ela. "Ah e tal, os brônquios estão bons..." (inacreditável), "Ah, não tem otites..." (excelente), "Ah, tem a garganta inflamada, deve ser viral, espere mais dois dias, se na 3ªfeira continuar assim volte cá e nessa altura medicamos a menina, agora não vale a pena fazer nada!"


Sustém.


Sustém.


Sustém.

Muito bem, portanto, vamos deixar a miúda piorar e quando ela estiver mesmo mal vamos dar-lhe medicação. Eu acho esta medida super inteligente, preventiva, preocupada, enfim como é que a hei-de intitular... ESTÚPIDA!

Hoje a cachopa está igual, ou pior, já mandei mensagem à pediatra, estou a aguardar resposta (e espera, espera, espera, enquanto isso estou a dar-lhe Maxilase que mal não faz - não, não sou adepta de auto-medicar ninguém e ponderei muito antes de o fazer, mas vê-la a ficar cada vez pior é que não e como ela já tomou este medicamento antes e é um anti-inflamatório, não me parece que lhe esteja a fazer mal).

Amanhã é 3ªfeira, não tenho vontade de lá voltar, aliás a incongruência de algumas coisas mata-me, ainda há pouco tempo desancaram-me porque "a bebé está com dificuldades em respirar e a mãe não lhe fez o Ventilan? Tem que fazer mesmo antes de vir para aqui!" - Ventilan, atenção, Ventilan, que é só um medicamento que acelera os batimentos cardíacos e não é nada soft, mas para lhe receitarem preventivamente uma porcaria de um anti-inflamatório - nada. ODEIO ISTO.

Espero receber a resposta à minha mensagem rapidamente (mandei às 19h30, são 23h e qualquer coisa...).

quinta-feira, 19 de maio de 2011

"Naquele «pic-nic» de burguesas"

De Tarde

Naquele «pic-nic» de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.

Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.

Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampámos, inda o sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão de ló molhado em malvasia.

Mas, todo púrpuro, a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas.

A propósito deste poema de Cesário Verde, hoje, levei os meus meninos lindos a fazer um piquenique. Quando chegámos ao local, já lá estavam as típicas toalhas aos quadrados, a cesta com maçãs (queria que fosse melão e damascos, mas não houve hipótese) e um suposto "ramalhete de papoulas".

Amei!

São estes momentos que nos fazem ir em frente.

"Tu és como o Bin Laden..."


"... é difícil apanhar-te."
E é assim que, a brincar a brincar, se vão dizendo as verdades. Que me querem apanhar em falso já eu sabia há muito!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Quando?

Há quanto tempo foi a última vez?


Há quanto tempo deixámos de ser um?


Há quanto tempo somos intocáveis e inacessíveis?


Há quanto tempo se quebrou o olhos nos olhos com amor, carinho, devoção?


Onde é que ficámos?


Onde é que nos perdemos?

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Silêncios

Há silêncios que matam.







Há silêncios que são inimigos da sobrevivência.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Homens da Luta - Sempre a inovar




Lindo! Não passámos, é certo, mas que deixámos marca, lá isso deixámos.


Nota - Amo de paixão a pronúncia!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Constatação


Eu devo ser bruxa e ninguém me avisou!

sábado, 7 de maio de 2011

Alimentação infantil + gomas + chocolates + amêndoas + estupidez natural


Às vezes fico doida com o que oiço e vejo no que diz respeito à alimentação das crianças, e quando digo crianças estou a falar desde que os miúdos começam a mastigar sólidos.

Um dia cheguei ao infantário e vi que alguns miúdos estavam a comer pão com tulicreme, prontamente perguntei à auxiliar se algum dia tinham dado às minhas filhas o dito pão, ao que ela me respondeu que não, pois só o davam às crianças a partir dos 2/3 anos. Deixei logo bem claro (apesar de ter dado no início do ano lectivo à educadora a lista de alimentos permitidos e proibidos) que as minhas filhas não comiam qualquer tipo de doce e mesmo em relação às bolachas Maria (única coisa com adição de açúcar que elas consomem) não queria que lhes dessem mais de duas ou três por dia, para além das duas que são colocadas no iogurte ao lanche. A conversa foi tão clara que, cada vez que lá chego e as miúdas estão a comer uma bolacha Maria, dizem-me logo se é a primeira ou a segunda.

Bem, entretanto chegou a Páscoa e o presente que as feijocas trouxeram para casa foi uma galinha feita em papel e pintada por elas cheia de ovinhos de chocolate que, supostamente, eram para "as meninas, mas como sabemos que a mãe não gosta destas coisas estão aqui". NOTA - Não me parece nada bem que o infantário promova a existência de chocolates para crianças desta (na verdade nem de outra) idade. Adiante.

Esta semana houve um miúdo da sala delas que fez 2 anos e qual não é o meu espanto quando vejo no cabide delas um saquinho pendurado com gomas, chocolates e chupas. Depois da estupefacção, perguntei o que era aquilo e a resposta foi que a mãe do menino tinha oferecido um saquinho daqueles a todos os meninos "mas como sabemos que a mãe não gosta destas coisas estão aqui". Fiquei feliz por um lado - afinal estão a cumprir o que eu digo - mas escandalizada por outro - como é que uma mãe de uma criança oferece aquelas porcarias a miúdos entre os 1 e 2 anos! Mas isto não fica por aqui...
Hoje descobri quem tinha sido essa tal mãe.

Afinal é minha vizinha, e hoje quando me encontrou perguntou se as gémeas tinham gostado das gomas do aniversário do seu filho. Eu olhei para ela, muito calmamente e só lhe disse "Agradeço-lhe imenso a atenção, mas na verdade, elas não comem doces." Resposta pronta - "Ai não, olhe o meu filho adora gomas, chocolates, amêndoas, tudo, ele só gosta é de doces!". Controlei-me e disse apenas "Pois, elas nunca comeram nada disso e nem vão comer nos próximos tempos" e sorri. Ela, muito sorridente e com uma descontração enorme, diz-me "Assim poupa nos dentes, não é?" e eu sorri, palavras para quê?

Há mentalidades que não vale a pena tentarmos sequer alterar.
Ela vai continuar sorridente e a dar todo o tipo de porcarias ao filho.
Eu vou continuar nesta minha luta que não é nada fácil, tendo em conta todas as solicitações que vêm a caminho (sim, a educadora ficou muito espantada quando eu lhe disse que as cachopas ainda não experimentaram chocolate, "nem mesmo Kinder??" - "Não!")
E cada um tenta viver à sua maneira!

Peso Pesado


Finalmente vi um pouco deste novo programa/concurso.
Há já muitos anos que tinha idealizado um programa/concurso deste teor, mesmo sem saber se existia noutros países ou não.
De todos os programas/concursos do género, em que as pessoas estão a ser filmadas 24 horas por dia, este é o que para mim tem real valor, porque a verdade é que há uma ajuda efectiva para perder peso, porque o objectivo maior é nobre, porque as pessoas sentem-se acompanhadas e pressionadas a cumprir regras que lhes vão dar saúde física e mental, porque ali poderão ver que é possível, com esforço, dedicação e acompanhamento perder os quilos que se acumularam ano após ano, erro após erro, porque o maior querer de todos não será o dinheiro como prémio final, mas sim o alcance do sonho, criar auto-estima, conseguir olhar ao espelho de frente, conseguir ir a uma loja de roupa e comprar seja o que for, conseguir, inclusivamente, sentar-se comodamente num lugar no cinema, no autocarro, no comboio, no metro, seja onde for.
Há, no entanto, uma verdade maior. Um dia, o programa/concurso vai acabar, mas a vida daquelas pessoas não acaba ali, tem que continuar e tem que continuar como se ainda ali estivessem, pois só assim poderão dar continuidade ao sonho. E não será fácil, não será nada fácil...

Tchau


Num destes dias fomos deitar as feijocas à noite e foi o forrobodó do costume. Às tantas a S. começou a chorar e a I. falava, falava, falava sem se calar. De repente deixámos de ouvir a I e passámos a ouvir apenas o choro da S. e o som "shiu". Fomos espreitar. Lá estava ela, debruçada na cama, olhava para a irmã e dizia-lhe "shiu" com o dedo à frente da boca. Esteve assim uns cinco minutos até que se fartou, parou de dizer "shiu", olhou penetrantemente para a S., acenou-lhe, disse-lhe "Tchau", mergulhou de cabeça na cama e adormeceu.

Mais uma pérola para o rol.

...












A minha vida está suspensa...










A qualquer momento estatela-se no chão...

terça-feira, 3 de maio de 2011

7 - (2 + 3) = 2


Fiz esta conta hoje e ela não traz bons augúrios. 7 noites por semana, 2 noites-fora, 3 noites-ensaio, sobram 2 noites-comuns-sempre-preenchidas-por-outras-coisas-tipo-trabalho. Onde é que ficamos?

Penico


Ontem, a minha S. teve o primeiro contacto com o penico no infantário e pelos vistos a coisa correu bem! Claro que não foi ela a pedir, trata-se de uma estratégia implementada agora que consiste em levar os meninos ao bacio antes e depois da sesta. Consta que a feijoca S. fez o seu chichi antes da sesta no sítio devido.


Eu tinha comprado um redutor cá para casa, mas, depois desta iniciativa do infantário e depois de perceber que as minhas cachopas, muitas vezes, até fazem as suas necessidades ao mesmo tempo (ou num intervalo de tempo diminuto), terei que me render aos bacios!