quarta-feira, 29 de setembro de 2010

De volta ao 10ºano


Quando andava no 10ºano tinha uma colega que nunca fazia o TPC de Português e antes da aula perguntava-me se eu o tinha feito. Sim, eu tinha feito, aliás, fazia sempre e ela lá me pedia sempre o TPC e copiava-o, alterando uma ou outra palavra, ou nem isso. Na aula ela queria sempre ler o "seu" TPC e o professor ficava sempre com boa impressão da aluna que se mostrava aplicada e cumpridora. Eu raramente lia o meu TPC, aliás, depois dela ler seria complicado eu ler o meu, não é verdade, afinal, estaria igual, por isso ela adiantava-se sempre.
Hoje, voltei ao 10ºano. Eu, como sempre, fiz o TPC, e ela copiou-o. As personagens são exactamente as mesmas e eu continuo a ser a estúpida de sempre.
Tenho uma amiga que diz "Tu carregas os fardos de todas as pessoas!"... pois, é sempre o mesmo padrão... em tantas coisas da minha vida, é sempre o mesmo padrão... e não consigo cortar estas amarras e mandá-los... é sempre, sempre, sempre a mesma coisa!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Obesidade infantil


Tenho um aluno com uns doze anos que não consegue abotoar os atacadores dos ténis porque, por ser obeso, não se consegue baixar. Hoje vi em grande plano esta imagem - ele a colocar o pé em cima de um banco e a ter uma dificuldade incrível para conseguir chegar aos atacadores, e depois deste esforço inglório, a verdade, é que os atacadores continuaram mal apertados, porque ele não conseguiu fazer melhor.
Isto é assustador. Tenho tanto medo disto, pelas minhas filhas, pelo meu sobrinho, por mim, por todos aqueles que têm maus hábitos ou desordens alimentares e não conseguem combater isso. Porque é duro, é mesmo duro fechar a boca quando a tendência e o hábito nos conduzem a outros caminhos.
E por que razão continuam a fabricar/produzir "porcarias-alimentares-destinadas-às-crianças-e-jovens"? Será que não poderia haver uma sensibilização e preocupação global acerca deste assunto? É a saúde e futuro destas crianças que está em jogo.

Há pessoas


Há pessoas que nos acompanham durante anos e anos e que parece que não nos conhecem nunca. Pior do que isso, é acharem que nos conhecem muito bem e julgam-nos e acham que conhecem os nossos pensamentos, sentimentos, emoções e cada afirmação que fazem é completamente ao lado do que é a realidade.

Há pessoas que viveram connosco momentos cruciais, mas que agora não representam nada, ou representam aquilo que nós abominamos, mas somos incapazes de romper com os laços que nos ligam pelo passado que nos uniu.

Há pessoas que deixam de nos dizer algo, porque os caminhos tomaram diferentes rumos, porque crescemos e as diferenças de outrora se tornaram abissais no presente.

Todas as pessoas têm funções na nossa vida. Mas há objectivos que se cumprem e outros não e quando tal acontece a permanência dessas pessoas na nossa vida pode ser algo destrutivo.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Prova de recursos


Esta última invenção do Estado português serve exclusivamente para saber o dinheiro que temos nas contas bancárias a fim de aniquilarem o abono de família.
Estou furiosa! Aqueles que sempre fugiram ou contornaram o sistema continuarão a fazê-lo e o Zé Povinho é que vai continuar a pagar a factura. Sinto-me devassada. Andei anos e anos a poupar uns trocos e a colocá-los numa conta bancária diferente para me esquecer que esse dinheiro existia, agora com as informações que tive que prestar vão tirar conclusões precipitadas e de certeza que vou ficar sem o mísero abono de família (sim, é mísero, mas, sim, quero-o, porque preciso dele, porque serve para, pelo menos, comprar um pacote XL de fraldas, porque não são só os coitadinhos-do-rendimento-mínimo que precisam de uma ajuda, porque me mato a trabalhar e o dinheiro não chega, porque o sistema de saúde é tão bom que se quero que as minhas feijocas sejam acompanhadas por uma pediatra tenho que pagar a peso de ouro essas consultas, já que no centro de saúde não há pediatras, porque pago todos os impostos e afins, bolas, bolas e bolas).

Esta prova de recursos também serve para as pessoas não a fazerem e o Estado arrecadar o abono de família que estava destinado a essas famílias. Ainda há iletrados em Portugal, ainda há pessoas que não têm internet, o documento não é de fácil preenchimento e é fácil errar e qualquer erro custa, apenas, a suspensão de qualquer subsídio durante dois anos. Preciso dizer mais alguma coisa?

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Andar

Hoje a minha S deu uns passinhos, sozinha, fora do parque!


Qualquer dia já está a correr pela casa toda a tirar os livros e afins do lugar! Ui! Medo, muito medo!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

E hoje estou assim



domingo, 19 de setembro de 2010

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... há já uns tempos que os olhos vão escurecendo, escurecendo, escurecendo... um dia, que não deve estar longe, será noite. Ponto. Final.

sábado, 18 de setembro de 2010

A febre não é tudo!


A minha I tem andado com febre desde 4ªfeira e a S com tosse que se tornou cavernosa também na 4ªfeira.
Diagnóstico feito pela mãezinha delas - Ai meu Deus, o que é que a I tem? Se a febre continuar tenho que ir à pediatra. A S está constipada, isto com o xarope passa, ela não tem febre nem nada!

Hoje fui à pediatra.
Diagnóstico da médica - A I tem uma constipaçãozita, mas nada de preocupante, aliás os brônquios e ouvidos estão óptimos. A S tem uma otite e um princípio de pneumonia. Se não atacar já e como estão os brônquios dela, isto transforma-se numa pneumonia a sério.

Lição - a febre não é tudo! Uma criança pode não ter febre e estar bastante doente!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Ementa


Hoje olhei com mais atenção para o placard da ementa semanal lá do infantário (cá por coisas, não é verdade?) e constatei que afinal tenho andado a ler a ementa errada, portanto tenho andado numa ignorância nada saudável. Afinal, a ementa que eu tenho que consultar é a que diz sala dos 1 e 2 anos e não a do berçário (esta confusão deve-se ao facto das princesas estarem na sala anexa ao berçário e da educadora cuidar deste e da sala de 1 ano).
Hoje, o lanche das feijocas foi pápa/ leite com chocolate e pão com doce!? Desculpa? Li bem? Será que há alguma coisa que me está a escapar? Na listinha da pediatra diz assim "até aos dois anos comida sem sal, pouco açúcar, etc", leite com chocolate e pão com doce? "Pouco açúcar"? Será que eu sou a única que lê aquilo que os filhos comem e que se preocupa com isso? Será que a alegria de vê-los comer supera a qualidade daquilo que comem?
Cá por razões minhas, gostaria de não ser a única a questionar a alimentação lá no estaminé! Ou será que sou eu que estou a fazer uma cavalo de batalha em relação a este assunto?

Luz - precisa-se!

P.S. - Quero acreditar que elas comeram apenas e só a pápa, já que surge uma barra entre "pápa" e "leite com chocolate e pão com doce", mas os miúdos de 2 anos devem ter comido a segunda opção, certo?

Quando o elevador pára ou não abre a porta...


... e nós estamos com uma mochila às costas, bem pesada por sinal, uma mala a tiracolo, duas bebés ao colo, cheios de pressa e temos que sair ou entrar noutro andar que não o rés-do-chão, a vida torna-se um pouquinho mais complicada!
Desta vez tive apenas que subir pelas escadas até ao primeiro andar (isto num dia e no outro tive que descer do primeiro andar até ao rés-do-chão), mas no dia em que tiver que subir nestas condições até ao meu andar, acho que acampo no hall do prédio e não saiu de lá!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Quando não sabemos separar as águas...


Tenho andado a adiar um tira-teimas importante lá no infantário, tudo porque noutro dia disse, de uma forma subtil, que não deviam ter dado tomate às feijocas, já que esse alimento ainda não foi introduzido e que a Pediatra tinha ido aos arames quando lhe contei, sugerindo-me, inclusivamente, que processasse a instituição! Como a minha advertência não foi muito bem recebida, eu tentei controlar-me e não questionei mais nada... mas hoje não me aguentei!
Não acho normal que as miúdas tenham sempre aceite de bom grado a comida que lhes dou e que após a sua entrada no infantário tenham começado a torcer o nariz, ora comecei a pensar, a pensar, a pensar e cheguei à conclusão que lá deviam pôr sal na comida, só podia ser isso, e hoje não fui de modas, fiz a pergunta fatídica!

E qual foi a resposta?

"Colocamos só umas pedrinhas! A sopa vem sem sal, mas a comida vem com um bocadinho de sal." E assim confirmei os meus receios!
Mais uma vez disse que não queria que as miúdas comessem sal antes dos dois anos, já que esta foi a indicação que a pediatra me deu e recebi de volta a indignação, "porque o meu filho sempre comeu e é um miúdo saudável, e porque a comida sem sal é horrível, e porque já disse para não colocarem tomate na comida da sala de um ano, e agora vou dizer para não colocarem sal, etc, etc, etc".
Eu sabia que isto ia ter aspectos negativos, eu até já estava à espera, eu até já sabia que os dois grandes focos seriam a alimentação e o colo excessivo...

Eu estou a cumprir o meu papel de mãe, quero o melhor para as minhas princesas, aceito, compreendo e defendo os princípios que a pediatra nos incutiu. A questão eterna é que não podemos educar apenas para o Agora, temos que ter uma visão mais abrangente, temos que educar vislumbrando o Futuro.

Nas nossas 24 horas diárias passamos por vários papéis, somos mulheres, mães, irmãs, filhas, amigas, profissionais, colegas, e por aí fora, e por vezes são as portas que passamos que nos instituem esse papel e há locais em que é bom que apenas um desses papéis vigore, aquele que é preponderante, de modo a que saibamos separar as águas.

Acredito que todas as batalhas que vou travar tragam consequências pessoais. É pena, é! Mas não me vou calar. Ali sou mãe, e é exclusivamente como mãe que falo. Tenho os meus princípios educativos que pretendo manter e levar a bom porto. Sei que provavelmente não ganharei nenhuma destas batalhas e que a guerra ultrapassará portas. Tenho pena, tenho! Mas são as minhas filhas, e todas as mães fazem o melhor pelos seus filhos, certo?

domingo, 12 de setembro de 2010

Actualização das feijocas


Fomos à pediatra e o veredicto é este:
I - 9,190 kg; 76 cm
S - 9,250 kg; 76 cm
Baixaram o percentil 50 (quanto ao peso), mas nada de preocupante.
A S vai fazer um tratamento de 14 dias para a suposta rinite (o raio da miúda herdou o pacote inteiro, para além do nariz também herdou os problemas de rinite da mãe!).
As cachopas desarrumaram o consultório todo e revelaram que são de ideias fixas. Eu passei a consulta toda de cu para o ar a tentar que elas não descolassem as fotografias do mural de parede e depois a arrumar os brinquedos todos.
E no final... dá cá 120 euricos e não digas que vais daqui!
Ai! Isto de ter uma renda a dobrar custa, ai se custa!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

E hoje foi o dia...


... em que a minha I, assim que a tirei do marsupial e a coloquei no tapete, começou a chorar e a agarrar-se às minhas pernas! A miúda não é estúpida e já percebeu a rotina, agora vamos ver se esta cena tem ou não cenas dos próximos capítulos!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Uma dentada


Pois que hoje a minha S levou uma dentada de um menino mais novo que ela, mas que tem quase o dobro do seu tamanho! Parece que andavam os dois aos beijos e abraços e às tantas, o rapaz não foi de modas, pregou-lhe uma dentada na bochecha e a miúda ficou com a marca dos dentes dele e tudo.
Esta catraia está a descobrir o sexo oposto, é o que é, no entanto, não tem tido muita sorte... O do primeiro dia deve-lhe ter dado com os pés, porque eu nunca mais ouvi falar dele, e o de hoje dá-lhe uma dentada! Isto não está nada bem, não está não!
Qualquer dia a rapariga vinga-se e desata às dentadas a todos!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Começou o dia-a-dia

Não sei como é que vou ter tempo para tudo!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Segundo dia no infantário

Pois... hoje foi um bocadinho pior!...

Quando me vim embora a I. ficou a olhar para mim com aquele olhar...
Quando cheguei vieram as duas a correr-gatinhar até à cancela, como não me conseguiram abraçar logo, desataram as duas a chorar depois quando nos abraçámos a S. acabou por acalmar, mas a I. continuou com o berreiro. Quando lhe passou, permaneceu abraçada a mim com toda a força durante uns quinze minutos, enquanto a irmã andava de gatas e a pôr-se em pé em todo o lado (principalmente junto ao fogãozito que lá têm. É mesmo gaja!).
Finalmente conheci o tal moçoilo com quem a S. andou aos beijos e abraços ontem! A miúda é esperta, sim senhor! É o mais giro de todos! Vai ser fresca, vai!

Hoje experimentei uma nova estratégia de ida e volta. Decidi colocar uma no marsupial e levar a outra ao colo e, exceptuando as chapadonas que a que vai no marsupial leva da outra, a coisa até nem correu mal. Conselho prático - nunca comprar um marsupial que sustente o peso da criança no nosso pescoço. É de bradar aos céus, mas como os trajectos não são assim tão grandes, parece-me que prefiro este método ao outro do carrinho bengala.

Relatório feito!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Primeiro dia no infantário


Ontem foi a minha primeira Reunião de Pais/Encarregados de Educação (pomposo, não?) e percebi que a partir de ontem o meu nome passou a ser "Mãe", esqueçam lá o que diz no bilhete de identidade, era "Mãe" para aqui, "Mãe" para ali, enfim, de um momento para o outro o nome que nos acompanhou durante uma vida deixou de existir!

Passando à frente.

Fiquei um pouco, digamos, escandalizada com a postura de algumas mães pela sua ansiedade, preocupação e até pânico por deixarem os filhos no infantário. É claro que não é fácil, mas é preciso ter calma e perceber que o contacto com outras crianças e adultos só lhes vai fazer bem, só lhes vai permitir um maior desenvolvimento.
Confesso que a minha grande preocupação é toda a logística até as deixar no infantário e o regresso a casa, porque viver num prédio que não tem rampas de acesso, sem garagem e cujo elevador é minúsculo, não cabendo o carrinho-bengala de gémeos (que é o mais pequeno), é que é complicado. De manhã ainda tive a ajuda do pai que levou uma das feijocas para o carro, mas agora (sim, porque eu decidi sair mais cedo do trabalho, reivindicando os direitos de mãe e acenando com as pedagogias que fazem bandeira lá no estaminé) a estratégia foi estacionar o carro à porta do prédio, tirar o carrinho e montá-lo dentro do hall de entrada do prédio (depois das escadas, logicamente) e ir buscar as princesas uma a uma (são duas, não é verdade) ao carro, depositando-as no carrinho-bengala, depois, encolhi o carrinho-bengala (como se o fosse fechar, mas com as feijocas lá dentro) e a custo lá entrou no elevador, quando cheguei à porta de casa entrei ainda com o carrinho encolhido e depois foi pô-las na cama para finalmente dormirem! Suei! E vou suar até elas começarem a andar! (Quem sabe se emagreço mais um bocadinho com estas andanças? Só me fazia bem!)

Avançando.

Doeu-me o coração ver que elas eram as primeiras meninas a chegar ao infantário. Coitadas das miúdas chegaram às 7h30! Para eu chegar a horas ao meu local de trabalho, terei que as deixar sempre a esta hora!
Não fiz qualquer tipo de despedida, limitei-me a pegar nelas e colocá-las no chão em cima do tapete ao pé do espelho (elas adoram espelhos) e fui-me embora, olhando apenas pelo cantinho do olho para ver o que elas estavam a fazer. Se as tivesse agarrado e dado mil beijos elas depois não me largavam, portanto foi melhor assim, quando elas se aperceberam já eu não estava lá e correu tudo bem.

Relatório da educadora.
Pelos vistos a minha I. estava cheia de sono (pudera!) e chorou até dormir uma sonequita, depois esteve bem, já a senhora dona S. parece que andou a manhã toda a rebolar-se no chão aos beijinhos e abraços a um menino da sua sala! Parece que foi amor à primeira vista! Estou feita com esta miúda! Tenho que lhe comprar uma trela e um cinto de castidade!

Hora de almoço
Cheguei ao infantário à hora de almoço. Tinha combinado ir lá dar o almoço às cachopas. Mal a I. me viu agarrou-se a mim e desatou num berreiro, a S. olhou para mim e sorriu, só choramingou quando eu lhe disse, com aquela voz, para ela não mexer no prato do menino que estava ao seu lado. Estive a dar a comidinha à I., com alguma dificuldade, pois a birra era grandita, e uma auxiliar deu à S.

Conclusões
Não há stress maternal.
A S. é uma atiradiça e uma "Maria vai com todos".
A I., que parece mais independente, é a mariquinhas de serviço.
As dores na coluna da "Mãe" pioraram substancialmente e têm tendência a piorar mais ainda!

Amanhã logo se vê.