segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Ódio a mim*

Às vezes odeio-me e por muito que eu queira (ou talvez na realidade não queira, e esse é que é o problema) não consigo mudar.





E depois fazem-me relatos de situações similares e já não me odeio tanto. Afinal, não estou sozinha.






* ou de como as obsessões familiares me põem doente.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Hoje foi dia de vacinas


Hoje lá foram as feijocas mais o pai às vacinas: Prevenar (a tal que custa um balúrdio) e as do Plano Nacional relativas aos 15 meses, sim, porque apesar delas já terem 17 meses, a verdade é que têm estado sempre doentes e por isso ainda não tínhamos conseguido ir às vacinas. Parece que a S. chorou descomunalmente.
Resultado, este fim de semana vamos ter febre outra vez. Ah pois é!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Farmácia = Supermercado


Cada vez que vou à farmácia fico com a sensação de que estou a sair do supermercado, não só pela quantidade de coisas (ou não), mas sobretudo pela conta que pago.
Hoje foram só 167€. Só! (inclui a bendita-maldita vacina Prevenar, em dose dupla claro, e mais uns medicamentos necessários para as feijocas)
Eu acho que qualquer dia estou a pedir à porta da igreja, ai estou, estou!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Sem surpresas

lá ganhou o senhor de Boliqueime.
Só tenho pena que aqueles que se abstêm não se decidam de uma vez por todas em levantar o rabinho do sofá. Seria bem diferente, seria mesmo diferente. Será que não percebem que se a percentagem de abstenção se transformasse em votos brancos ou nulos, algo teria que acontecer? O país pararia, teria que haver uma reflexão profunda, afinal as pessoas tinham ido votar, expressar a sua opinião, e não tinham escolhido nenhum dos candidatos. Isto, sim, era fazer valer a sua voz.
Enquanto ficarmos pacificamente à espera da mudança sem fazer nada por ela, não vamos longe. E para cúmulo, estas pessoas que não se dignam a ir votar são as primeiras a criticar os órgãos de soberania. Desculpem, mas para mim, quem não vota tem que ficar caladinho, afinal, desperdiça o momento primordial de fazer valer a sua voz, portanto depois não se pode queixar.
Nestas alturas de eleições só me lembro do meu querido Saramago e do Ensaio sobre a Lucidez - MAGNÍFICO.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Em quem votar?



Eu sou do tempo do Cavaco-Primeiro-Ministro, da luta contra as propinas, da Ferreira Leite como Ministra da Educação, das bastonadas que nós levámos em frente à Assembleia da República, dos rabos-não-pagamos, da invasão aos Serviços Sociais da faculdade para nos candidatarmos a bolsas de estudo, das manifestações semanais e da vitória que conseguimos durante o tempo em que as propinas não foram instituídas.

Revisão dos 15 e 17 e quase 18 meses


Hoje foi dia de pediatra.
(Que rica semana, em cinco dias, três foram passados com médicos, isto é que é uma maravilha!)
Hoje, gostei da minha querida Ariane, sem dúvida que o seu estado de saúde a estava a impedir de ser aquela referência.
Como sempre, assim que chegámos àquele consultório virámo-lo do avesso.
A S sempre a contrariar as ordens, a I mais calma, mas veloz nas suas corridas-a-gatinhar, alcançando o inimaginável.
Relatório:
I - 10,190kg; 81cm;
S - 10,540kg, 79,5cm.
Diagnóstico:
Concluímos que a S, no fundo, no fundo, tem uma "doença crónica" a nível respiratório e a I, por inerência, acaba por ter tudo o que a irmã tem (é lógico, vivem na mesma casa, dormem no mesmo quarto, "mordem" as mesmas coisas, lambuzam-se, batem-se, imitam-se, fazem panelinha, etc, etc, etc). Isto significa que nos próximos dois meses e meio vamos fazer tratamentos de choque para erradicar esses "bichos", vírus, bactérias, eu sei lá, essas coisas que atrofiam as minhas feijocas e depois disso, acreditamos que tudo ficará bem.

Não só queria

ser invisível, como opaca.

Mini-Filme lindíssimo

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Às vezes...

... acho que estou curada e que serei capaz de dizer "Não".
... os batimentos são mais espaçados.
... a surpresa surge quando menos se espera.
... a vida encarrega-se de colocar obstáculos para que sejamos incapazes de cometer as maiores loucuras.
... o destino é implacável e não nos deixa fugir.
... ficamos na dúvida.
... já nem sabemos se queremos.
... parece que queremos só pelo hábito de querer.
... a distância real é ínfima e a espiritual é atroz.
Joana Cato

Em quatro dias fomos duas vezes ao Hospital


Na 2ª-feira lá fomos nós para o Hospital com febres, dificuldades respiratórias e vómitos, as duas, pois então. Diagnóstico - zero, perdão, enganei-me, ouvidos um pouco inflamados, muito ranho e necessidade de aerossóis (uma com Atrovent, a outra só com soro), controlar a febre e tudo bem.
Hoje a S. acordou com umas manchas vermelhas enormes nas pernas. Hospital. Diz que é uma urticária viral, se tiver muitas manchas dá-se Atarax, caso contrário não se faz nada e, como é viral, é transmissível.

O que nós gostamos do Hospital, Jesus, amamos! Agora até vamos duas vezes na mesma semana, que maravilha!
Pensando bem, acho que vou montar uma tenda à porta do edifício, assim como assim até fica perto do trabalho e sempre posso fazer uma perninha aqui e outra ali!

sábado, 15 de janeiro de 2011

...


Quando não surges, odeio-te e percebo quanto tudo é irracional-adolescente e risco-te com tanta força que rasgo o papel.
Joana Cato

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Ir ou não ir ao médico

Ora andei estes dias de rastos, sem melhorar significativamente, sem conseguir ir ao médico e na verdade sempre questionando se valeria a pena ir ao médico porque nem conseguia imaginar o tempo que teria que esperar por ser atendida. Hoje, o estado gripal, miraculosamente, estava sanado graças à eficiência do oscillococcinum(que aconselho vivamente - tratamento de três dias - efectivamente ao terceiro dia parece que tudo muda!), no entanto a garganta, a dificuldade em engolir, os vómitos permaneciam, resultado hoje lá consegui ir aos serviços de urgência básica cá do burgo.
Tempo de espera previsto...





















... 3 horas...
Tempo de espera real...






















5 horas!
Estive para desistir, mas depois temos sempre aquele pensamento "Se me for agora embora, tenho a certeza que me chamam em 5 minutos, portanto o melhor é ficar." e ficamos e os 5 minutos transformam-se em muitos minutos até atingirem as horas.
Veredicto final - Amigdalite, já que a gripe já passou.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Quando somos mães, superamo-nos


Eu sou daquelas pessoas que não suportam minimamente a febre, ou seja, quando tenho 37,1º já me sinto com febre, com arrepios, com dores no corpo, sem forças, etc. Chegar aos 38º é já motivo para nem me conseguir levantar da cama. (Introdução feita)
Ando a "chocar" uma gripalhada desde a passagem de ano, mas ela estava tímida, não queria entrar, tocava-me só ao de leve, até que ontem percebi que a coisa estava a piorar e comecei a temer pelo pior. Resultado, hoje, no trabalho, começo com os meus arrepios de frio, dores na garganta (de tal maneira que nem consigo engolir convenientemente), frio, dores no corpo, frio, dores na garganta (dói-me até se tocar no pescoço e nem consigo falar decentemente), frio, sem forças, frio, tudo a estremecer cá dentro. Farmácia (sim, não conseguia ir ao médico nem ao Serviço de Urgência Básica), medicamentos (que só posso tomar quando me for deitar) e entretanto ir buscar as feijocas, brincar com elas, banho (e que gelada que a água é), aerossóis, sopa (com alguma birra à mistura), fruta, queijo, água, mudar novamente a fralda e caminha com elas.
Estou com 37,4º (o que é um horror, deve equivaler aos 38º numa pessoa normal, ou mais, sei lá), com todos os sintomas citados, mas "de pé como as árvores que existiam em frente ao Maria Matos". Enquanto estive com elas tive que me superar e pedir a todos os Santos para a coisa correr benzito.
Agora estou aqui, quase a morrer (ok, isto é uma hipérbole, mas não estou nada, nada bem), decidi fazer este post para memória futura e tenho ainda que ir trabalhar um bocadinho.
Sim, é verdade, estas superações matam-me, mas também é verdade que nós temos que o fazer.

(Não, o papá não se encontra (para variar), parece que este tipo de situações só acontecem quando o papá não está. Devem ser as provações divinas para ver se eu me aguento ou não. Até agora espero estar com nota positiva!)

domingo, 9 de janeiro de 2011

Grande Reportagem SIC - Jovens em risco

Hoje vi a Grande Reportagem da SIC sobre as escolas com programas PIEF e lembrei-me dos meus primeiros anos no ensino, esses anos em que as teorias foram práticas, em que conheci miúdos como a Micá, o Jacaré, o Canhoto, o Mauro, o Vítor, o Godinho, o José, as Rutes, o Bernardo, a Cláudia, o Yasser, em que tive vontade de adoptar a Micá, em que conheci esse espaço que é a Aldeia de Santa Isabel, em que camuflei bebedeiras para depois os chamar à razão, em que os levei a uma visita de estudo para provar que eles se sabiam comportar... e tenho saudades, tenho saudades desses miúdos reais, tenho saudades do que aprendi e do que sofri com eles e por eles. Cada vez mais sinto que o meu lugar é noutro lugar.
Quem sabe se um dia não estou num destes programas ou numa instituição como a Aldeia de Santa Isabel.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Afinal havia outro

E agora é que foi mesmo o último.

No jardim encantado


Hoje voltei ao jardim encantado com os meus meninos-grandes. Tinha/Tenho tantas saudades daquele espaço, daquela entrega, do Ser que pode existir ali...
É bom sabermos que aquilo que andámos a fazer durante seis anos existiu efectivamente dentro de cada um de nós.
Obrigada.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O último


Acabei de comer o último Raffaello existente nesta casa. Agora só para o próximo Natal é que me desgraço outra vez.

Hoje

a I. andou sozinha no infantário e em casa! Parece um boneco articulado com os braços no ar, mas a verdade é que está toda contente com este seu novo feito!

E depois há noites em que só se dorme durante duas horinhas

Foi o que aconteceu hoje!
Primeiro a S. teve tosse com vomitado à mistura, quando ela adormeceu a I. acordou com a birra, com direito a biberão e tentativa de adormecer na cama da mãe, quando ela ficou apaziguada e pode ser transferida para a sua cama, a S. voltou a tossir e a vomitar, o que lhe deu direito a ingressar na cama da mamã, de modo a dormir envolvida no seu peito, pois desta forma ela estaria deitada-sentada (o que implicou que também a mamã "dormisse" assim) de forma a que a indisposição atenuasse. Resultado - tudo durou até às 4 da manhã e às 6 há que levantar e começar o dia. Escusado será dizer que mesmo estas duas supostas horas de sono não foram nada, nada revigorantes.

Entretanto já recebi um telefonema do infantário, pois suspeitam que a S. está com uma otite. Bom, muito bom.

No nosso "jardim"

Sexta-feira vou voltar ao nosso "jardim". Estou ansiosa, nervosa, com medo. A ansiedade de voltar a ser feliz no mesmo lugar tem destas coisas. Quando queremos muito que algo resulte nem sempre o Universo conjura a nosso favor. Espero que desta vez seja diferente.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Se eu fosse inventora/Se eu mandasse


- todos os infantários teriam parque subterrâneo (assim as crianças não apanhariam frio nem chuva nas entradas e saídas da instituição);
- existiria um chapéu de chuva com opção de cortina a toda a volta e com um suporte nos ombros para que as mãos ficassem livres;
- todos os elevadores teriam as dimensões suficientes para que as cadeiras de rodas e carros de gémeos conseguissem entrar;
- todos os prédios teriam parqueamento para todos os apartamentos;
- todas as entradas de prédios, repartições, instituições, centros de saúde teriam uma rampa de acesso (e que não tivesse um ângulo de quase 90º);
- e por aí fora...

Se eu fosse Deus
- as crianças teriam um botão on/off.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Sem vontade

É mesmo já amanhã? De certeza que não há mais um dia ou dois para retemperar forças?

1-1-11

E já cá estamos.

A passagem de ano deu-se por terras de Manteigas com os melhores-amigos-família.

Houve direito a:

- Serra da Estrela e a bolas de neve atiradas a uns e a outros;

- receitas confeccionadas na amiga Bimby;

- conversa e lágrimas;

- birras de crianças-bebés;

- jantar às 23h30;

- 2 festejos da meia-noite;

- comida para um/o quartel;

- noitada da S.;

- noites mal dormidas graças às birras-madrugada da I.;

- abracinhos, miminhos, beijinhos.

E hoje, para começar bem, a S. está de ressaca, mas uma ressaca especial, a chamada ressaca-febre-39º! (Ela ainda não percebeu que mudámos de ano e que em 2011 não vão existir febres, bronquiolites, pneumonias, otites, infecções respiratórias, etc, etc, etc. Coitada da miúda, é pequena, não percebeu que o ano mudou e pensa que ainda está no padrão de 2010!)


(Este post deveria ter saído ontem, mas para começar bem, a Net não estava a funcionar.)