quinta-feira, 30 de julho de 2009

Desabafos

... Às vezes é mais fácil dizer o que nos vai na alma escrevendo do que fazê-lo olhos nos olhos.

Acho que a nossa conversa via msn de ontem nos fez bem!

É pena que esta abertura aconteça tão poucas vezes!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Presente



Este selo foi-me oferecido por A minha Essência, a quem agradeço muito.
Regras para receber o selo:
1) Exibir a imagem do selo, que acaba de ganhar.
2) Postar o link do blogue de quem a indicou (muito importante).
3) Indicar 10 blogues de sua preferência. Avisar os seus indicados (não esquecer) e publicar as regras.
4) Conferir se os blogues indicados repassaram o selo e as regras.
E os blogues escolhidos são os seguintes (esta ordenação é alfabética e apresenta uma das razões de escolha):
Afinal a melhor maneira de viajar é sentir – por aquilo que tantas vezes sem se dizer, sente-se;
Cocó na fralda – pela visão da maternidade;
Coisas que tal – pela similitude situacional existente neste momento entre nós;
Doméstico de alta competição – pela arte que transpira em ti;
Janela – pela vontade inesgotável de remar contra a maré;
O que se come – por tudo;
Outro palco – pela poesia e intensidade das palavras;
Roupa prática – pela perseverança e força (não te sintas obrigada a refazer este desafio, mas era inevitável retribuir o presentinho);
Silenciar o silêncio – pela fusão imagem/texto, ambos poéticos, belos e intensos.
Falta um... sairá para breve!

domingo, 26 de julho de 2009

Leituras com amor!...

Desde que estou confinada a estas paredes, e após o meu maluco me ter feito esta surpresa, a verdade é que as minhas leituras têm tomado outros rumos...
Depois deste...

Veio este

A seguir este


E hoje este...



Provavelmente, se fosse eu a escolher não teria comprado nenhum deles, mas a verdade é que estas escolhas têm-me levado a outros autores, outros ambientes, outros estilos de escrita, abrindo-me, assim, novos horizontes... e conhecer coisas novas é sempre bom!

Para além disso, confesso - amo sinplesmente o facto do meu maluco me comprar livros, porque sei que ele os escolhe efectivamente, lê a contracapa e afins e quando chega tece um comentário acerca da nova aquisição como que a assegurar-me de que aquele livro é mesmo bom... e a verdade é que todos eles têm-se revelado escolhas interessantes e versáteis!
Mais uma faceta do meu querido!

sábado, 25 de julho de 2009

Do início até agora!

(Afinal, no meio da minha ruralidade, ainda consigo fazer umas coisas aceitáveis!)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Notícias frescas das feijocas!...

Já fui e já cheguei!

Relatório das 32 semanas:
Líquido amniótico - OK
Batimentos cardíacos - OK
Medições - OK (bastante semelhantes - devem estar em competição, nenhuma quer ser muito mais pequena que a outra)
Percentil - 50 OK
Estimativa do peso - 1800 (a da esquerda) e 1780 (a da direita) OK
Particularidades:
Cabelo espetado e olhos grandes - a da direita - «parecida com o pai», segundo a médica.
Colo do útero - OK (com permissão para alguns prazeres da vida, mas sem exagerar)

À pergunta «Já têm nomes?» a resposta continua a mesma «Ainda não!»

quinta-feira, 23 de julho de 2009

O telefone tocou...

... e do outro lado ouvi isto...



Às vezes é assim, através de uma ou outra música dizes-me que estás aí e que pensaste em mim!

Apetecia-me...

… pegar no carro e conduzir sem destino!
… entrar nas animações de sempre e noutras que agora surgem!
… ver todos os espectáculos que ando a perder!
… estar a planear uma viagem de sonho para Agosto!
… fazer a lista das compras para o campismo e o check up do nosso material: tenda, colchões, mesa e bancos, chapéus de sol, etc!
… ir para a nossa ilha, chegar por volta das 9h à vila, tomar o segundo pequeno-almoço naquela esplanada ao pé do coreto (uma torrada e um leite com chocolate fresco) para ganhar forças. Depois ir até ao Quatro-águas, descarregar e partir no barco do costume com o senhor dos óculos fundo de garrafa. Sentir aquela brisa no rosto, dizer adeus ao mundo e sorrir. Desembarcar e ir buscar o carrinho de mão, afinal dizemos sempre que é este ano que levamos menos coisas mas isso nunca acontece. Fazer o check in, procurar o melhor sítio e montar a nossa “vivenda” onde conseguimos andar em pé!
… andar, andar e andar à beira mar, passar o habitual monumento da ilha, até chegar ao sítio onde, com privacidade, todos se misturam naquela imensidão de areal!
… apanhar conquilhas ao fim da tarde e ir a correr ter com o meu maluco por encontrar uma daquelas que nem cabe no gargalo da garrafa!
… jantar com estilo no campismo: entrada - conquilhas à Bulhão Pato; prato principal – esparguete à bolonhesa de pacote!
… comer, por volta das 10h, uma bola de Berlim maravilhosa cheia de gordura e de açúcar, acabadinha de chegar de barco!
… deliciar-me com uma mista de peixe ou cataplana de marisco no Pavilhão da Ilha!
… deitar-me de qualquer maneira: de lado, de costas, de barriga, enrolada em mim e não só!
… ir ao Eduardo das Conquilhas para comer uma mariscada e beber umas imperiais!
… fazer uma jantarada cá em casa e ter a acompanhar as caipirinhas da Bimby!
… ver as largadas de toiros na terrinha do coração e rir dos falsos corajosos!
… ficar a olhar as estrelas deitada no muro em frente ao Duplex alentejano!
… vestir o que me apetece, em especial as minhas calças de ganga de fim de semana!
… sentir o aroma da Vila ao anoitecer!
… passar um dia no Portinho da Arrábida!

… reaver a liberdade perdida!

Para o ano hei-de fazer tudo isto (ou quase) com o meu maluco e as minhas feijocas!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Oh S. Peeeeeeeedrooooooooo!!!!!!!!

Qual foi a parte do mês de Julho que não percebeste?
Julho = Sol
Dezembro = Chuva

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Sistema Educativo

Naqueles dias, Jesus subiu ao monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem. Depois, tomando a palavra, ensinou-os, dizendo:
- Em verdade vos digo: Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles...
Pedro interrompeu:- Temos que aprender isso de cor?
André disse:- Temos que copiá-lo para o papiro?
Simão perguntou:- Vamos ter teste sobre isso?
Tiago, o Menor queixou-se:- O Tiago, o Maior está sentado à minha frente, não vejo nada!
Tiago, o Maior gritou:- Cala-te queixinhas!
Filipe lamentou-se:- Esqueci-me do papiro-diário.
Bartolomeu quis saber:- Temos de tirar apontamentos?
João levantou a mão:- Posso ir à casa de banho?
Judas Iscariotes exclamou(Judas Iscariotes era mesmo malvado, com retenção repetida e vindo de outro Mestre):- Para que é que serve isto tudo?
Tomé inquietou-se:- Há fórmulas? Vamos resolver problemas?
Judas Tadeu reclamou:- Podemos ao menos usar o ábaco?
Mateus queixou-se:- Eu não entendi nada... ninguém entendeu nada!
Um dos fariseus presentes, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada, tomou a palavra e dirigiu-se a Ele, dizendo:
- Onde está a tua planificação? Qual é a nomenclatura do teu plano de aula nesta intervenção didáctica mediatizada? E a avaliação diagnóstica? E a avaliação institucional? Quais são as tuas expectativas de sucesso? Tens a abordagem da área em forma globalizada, de modo a permitir o acesso à significação dos contextos, tendo em conta a bipolaridade da transmissão? Quais são as tuas estratégias conducentes à recuperação dos conhecimentos prévios? Respondem estes aos interesses e necessidades do grupo de modo a assegurar a significatividade do processo de ensino-aprendizagem? Incluíste actividades integradoras com fundamento epistemológico produtivo? E os espaços alternativos das problemáticas curriculares gerais? Propiciaste espaços de encontro para a coordenação de acções transversais e longitudinais que fomentem os vínculos operativos e cooperativos das áreas concomitantes? Quais são os conteúdos conceptuais, processuais e atitudinais que respondem aos fundamentos lógico, praxeológico e metodológico constituídos pelos núcleos generativos disciplinares, transdisciplinares, interdisciplinares e metadisciplinares?
Caifás, o pior de todos os fariseus, disse a Jesus:
- Quero ver as avaliações do primeiro, segundo e terceiro períodos e reservo-me o direito de, no final, aumentar as notas dos teus discípulos, para que ao Rei não lhe falhem as previsões de um ensino de qualidade e não se lhe estraguem as estatísticas do sucesso. Serás notificado em devido tempo pela via mais adequada. E vê lá se reprovas alguém! Lembra-te que ainda não és titular e não há quadros de nomeação definitiva!
E Jesus pediu a reforma antecipada aos trinta e três anos...

Recebido via email

domingo, 19 de julho de 2009

Tarefas domésticas

De há uns tempos para cá (na verdade, há meses), as tarefas domésticas desta casa são feitas (quase) na íntegra pelo meu maluco!
Ele aspira, lava o chão, limpa o pó, põe roupa a lavar, estende a roupa, levanta a roupa, põe a loiça na máquina, arruma a loiça que está na máquina, arruma a cozinha, vai às compras (nunca traz tudo o que está na lista, mas quase!), compra-me livros (hoje foi o terceiro), enfim, não tem mãos a medir!... e agora já fica irritado quando se suja algo que acabou de ser limpo!...
(Sim, a casa de banho continua a ser um problema, assim como o monte de roupa passada a ferro que a cada semana que passa é maior, tal como os papéis em cima da secretária! Não se pode ter tudo e a evolução já é bastante satisfatória, mas nem seria eu se não apontasse estes três pormenores. Desculpa lá maluquinho! Amo-te demais!)

sábado, 18 de julho de 2009

Teve que ser!

A tentação é irresistível! ... e é tão bom ceder à tentação... (Espero não me vir a arrepender disto! Feijocas, por favor, compreendam esta alma sedenta de acção e saudosa de participar naquilo que a faz tão feliz!)
Quando o maluco chegou, falou-se do «Oh Joaquiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmmmmm!» e da «queimada» e então... depois de dizermos aquilo que sentimos é muito mais difícil ficarmos parados, não é? E fomos, só um bocadinho, para matar saudades, tentando viver naqueles breves minutos o que se viveria durante todo o fim de semana.
É claro que mal cheguei gritei «Oh Joaquiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmm!» e foi como se estivesse vestida, pintada e pronta para a zaragata! (As minhas feijocas até se assustaram com o grito! Bem, na verdade não foram só elas a assustarem-se! É a minha imagem de marca, não podia deixar de o fazer!)

Obrigado a todos os que sentiram a minha falta e o manifestaram com palavras e gestos tão bonitos! Foi reconfortante, melhor, foi um banho de amor e reconhecimento o que recebi ontem. Não me esquecerei das frases «Fazes falta!», «Sem ti não é a mesma coisa!», «Já tinha perguntado pela bruxinha!», «Pelo grito só podias ser tu!», «Então, vens fazer a queimada, não é?», «Olha a nossa bruxinha!» «Para o ano estarás cá em força!», etc, etc, etc...

Para o ano estarei em força! E com mais duas assistentes (sem nome ainda, mas com esperança de levar as minhas sugestões a bom porto, pois se não nos dão outras hipóteses...)

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Hoje seria dia de...


... roupa de outros tempos...
... zaragatas...
... nódoas negras...
... correrias...
... tourinha...
... palha, muita palha...
... risos, cumplicidades, companheirismo...
... gritos - «Oh Joaquiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmmmmm!»...
... luta do pau...
... espadachins...
... malabarismos...
... brincadeiras...
... pregões...
... vendas...
... roubos...
... ginginha, hidromel...
... pão com chouriço...
... sangria...
... tremoços, amendoins...
... queimada...
...

Às vezes é assim - Cansaço!

O que há em mim é sobretudo cansaço

O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...

Álvaro de Campos

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Reportagem RTP - Conquista do peso ideal e da imagem perfeita

Cada vez mais a aparência/imagem que o nosso corpo transmite para os outros é preponderante na avaliação que fazem de nós.
Na reportagem da RTP desta noite foi referido que um psicólogo americano fez um estudo e chegou à conclusão que numa primeira abordagem um indivíduo é avaliado 55% pela sua aparência, postura e indumentária, 38% pelo tom de voz e 7% pelo que diz. Se por um lado estas percentagens são surpreendentes (7% pelo que se diz?! Por favor, então as nossas ideias, convicções representam a mais ínfima parte da apreciação do nosso Ser?! 7% só?!), por outro não trazem novidade absolutamente nenhuma (a aparência consegue sempre levar a melhor, para o bem e para o mal)! E é segundo este culto pelo e do corpo que a nossa sociedade vive.
Hoje, na ânsia de corresponder ao esperado, faz-se tudo: "dietas-milagre"; lipoaspiração; etc, etc, etc. A questão é que nenhum método é eficiente a longo prazo se não houver uma (re)aprendizagem alimentar, mas também há necessidade de um acompanhamento psicológico (quem poderia falar muito bem disto seria a minha amiga o que se come).
Não, não estou a exagerar!
Costumo dizer que um «gordo» terá sempre uma mente de «gordo», sendo-lhe impossível resistir a determinado tipo de coisas e o dilema é que quanto mais se quer parar, mais vontade de cometer excessos existe(falo por experiência própria). Normalmente, estes excessos são perfeitamente conhecidos e reconhecidos e até funcionam como uma vingança de si próprio, ao mesmo tempo que se come um chocolate ou um pacote de batatas fritas, interiormente ouvem-se as vozes «Não consigo emagrecer de maneira nenhuma!», «Amanhã começo a dieta!», «Que estúpida, mas por que é que estou a comer isto?». O descontentamento e a falta de auto-estima leva ao consumo descontrolado e excessivo de tudo o que houver por perto. O eterno problema é que numa dieta tradicional os resultados são lentos e um «gordo» precisa de uma motivação-extra para continuar um trajecto que lhe é penoso, mas que ele sabe que tem de continuar para não ser um excluído da sociedade, por isso recorre a dietas radicais na esperança de conseguir atingir os seus objectivos e ser aceite.
Não, não estou a exagerar!
Com que facilidade é que encontramos calças ou saias de números superiores a 40/42? Estes números existem em abundância numa Zara, Mango, Berska, etc, etc, etc, se é que existem? Quem não tem a silhueta perfeita é, sem dúvida nenhuma, marginalizado.
Voltando ao início (e apesar de considerar que temos que ter em atenção o que comemos, porque há processos que não permitem uma marcha atrás), é muito triste perceber que tudo o que somos se resume àquilo que se vê no nosso exterior, que numa sociedade como a nossa, a exigência de uma silhueta perfeita é ponto assente e que por muito íntegros, cultos, informados, etc, etc, etc que sejamos, essa é a parte que menos peso terá na avaliação que fazem de nós.

Vivemos no mundo da aparência e não da essência, da materialidade e não da espiritualidade. Estamos condenados ao mundo das sombras, nunca conseguiremos alcançar o mundo inteligível.

Um tipo de Não-Vida

Era uma vez uma mãe que era só MÃE. Toda ela era MÃE:
Profissão - MÃE;
Vocação - MÃE;
Passatempo - MÃE;
Interesses - MÃE;
Durante o dia - MÃE;
À noite - MÃE;
Nas férias - MÃE;
Todos os dias - MÃE;
Todas as horas - MÃE;
Todos os minutos - MÃE;
Todos os segundos - MÃE;
SEMPRE - MÃE.
Esta MÃE desde o momento do nascimento dos seus Filhos que vivia a vida deles esquecendo-se da dela, talvez até a dela nunca tivesse realmente existido (na verdade, ela sempre viveu em função dos outros, segundo as escolhas dos outros, as opiniões dos outros, anulando-se continuamente).
Os Filhos não eram só Filhos. Eles eram Filhos, amigos, confidentes, namorados, mulheres e maridos, pais, tinham uma profissão, vocações diversas, passatempos, interesses vários, e os seus dias e noites eram povoados por todos os papéis que desempenhavam na sua vida. Os Filhos tinham uma VIDA e preservavam isso.
Os Filhos eram muito diferentes entre si.
Um via a MÃE a viver uma não-vida, mas não mostrava qualquer preocupação em relação a isso.
O outro não conseguia suportar a não-vida da MÃE e já tinha tentado de tudo para que a MÃE tivesse uma vida sua.
Nada tinha resultado. Nada iria resultar.
A MÃE, por ser MÃE, por ter sido sempre MÃE, recusava-se sequer a ouvir o que o Filho tinha para lhe dizer e quando ouvia o resultado era a negação total acompanhada de olhos rasos de lágrimas. Para ela, os apelos, os alertas, os conselhos do Filho eram farpas por ele cravadas, eram maneiras de a afastar da sua vida, algo que ela era incapaz de suportar.
À medida que o tempo ia passando, e por condicionantes da vida, a MÃE foi gradualmente ficando mais dependente da vida dos Filhos e dos netos.
A MÃE só queria fazer aquilo que os Filhos faziam, só queria ir aos sítios que os Filhos iam e quando os Filhos iam (quase numa imposição da sua presença), recusando-se a acompanhar o Pai para o que quer que fosse que não envolvesse os Filhos. Para o Filho que não suportava esta dependência, a situação tornou-se cada vez mais difícil, acabando por deteriorar a própria relação que eles tinham, e que um dia tinha sido muito boa (deixou de ser quando o Filho tentou que a MÃE mudasse de atitude), porque não só não conseguia conceber a não-vida da MÃE como uma forma de vida, como também se sentia invadido na sua privacidade.
Soluções não se vislumbravam, ou pelo menos não eram aquelas que o Filho melhor assumiria, afinal custava-lhe assistir à aniquilação do Ser sem fazer nada, embora soubesse que tudo o que poderia fazer nunca seria bem visto pela MÃE nem facilitaria a sua mudança.
MÃE e Filho viviam magoados com tudo isto.

Contra tudo o que possamos defender e acreditar, às vezes o melhor é deixar andar, não pensar muito, não querer levar a nossa avante, esquecer a luta pelos nossos princípios e ideais, porque, frequentemente, quando queremos melhorar seja o que for, acabamos por fazer pior ainda, já que as nossas boas intenções não mal interpretadas.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

domingo, 12 de julho de 2009

Foi hoje!


Depois de uma viagem de carro em posição horizontal e a cumprir todos os limites de velocidade...


Depois de ser deixada à porta da esplanada para me poder recostar numa cadeira sem ter que andar muito...


Finalmente a visão do imenso mar à minha frente!




...





Os astros reuniram-se para me proporcionar um mar como há muito poucas vezes por estas bandas...


Portei-me (quase) muito bem!...




...




Quem é que poderia resistir a ir molhar só o pézinho?...





(De repente lembrei-me daquela história infantil da formiga que eu ouvia no gira-discos com sotaque brasileiro: "Oh Sol, tu que és tão forte, tira a neve do meu pézinho!" - há palavras que nos transportam para outros universos!)


sábado, 11 de julho de 2009

Depeche Mode no Porto



Pois é, parece que o meu querido David Gahan adivinhou que eu não poderia ir ao Porto e, não teve de modas, lesionou-se (com certeza numa daquelas coreografias de anca/rabo que só ele sabe fazer) e cancelaram o espectáculo desta noite!

Lamento, amiguinhos que compraram o bilhete, mas é assim, quem tem transmissões de pensamentos com o meu queridinho tem tudo! Hi, hi, hi, hi!


Fora de brincadeiras - espero que melhores depressa, afinal, parece que estes últimos tempos não têm sido nada famosos!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Hoje foi dia de ouvir as feijocas!

Consulta das 30 semanas.
Pelos vistos o repouso faz milagres. Parece que está tudo bem e o facto de ter chegado às 30 semanas é muito bom sinal.
Ouvi o coração das minhas feijocas.
Uma deixa-se encontrar muito bem, a outra brinca sempre às escondidas.
Uma tem um ritmo cardíaco de 140/160 e a outra de 130/140.
Enfim, ainda não nasceram (e que permaneçam por aqui ainda mais umas semanitas, se puder ser para aí umas 8 a gerência agradecia!) e já mostram a sua personalidade única e inimitável.

Depois do momento de desespero "postado" anteriormente, no fim da consulta, "supliquei" à médica para que ela me deixasse, um dia destes, ir ver o mar... e ela disse que... SIM!!!


Estou tão feliz e ansiosa!!!

Campanha eleitoral e gripe A

Estou curiosa...
Como é que os nossos políticos vão fazer nesta campanha eleitoral o périplo pelas feiras com os habituais beijos e abraços?
Tenho tantas saudades da minha liberdade...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Fazer a folha...

Fazer a cama...
... e tantas possíveis expressões para definir as notícias de ontem!

Claro, a versão oficial é que é para o meu bem! O cinismo é uma coisa linda!

terça-feira, 7 de julho de 2009

É uma tristeza...

... ouvir dizer «É um orgulho ser português» só porque o Cristiano Ronaldo é o melhor jogador do mundo e ontem teve 80 mil à espera de ver um sorriso e um aceno. Para mim, tudo isto é um exagero. Não é minha intenção tirar o mérito ao rapaz, mas tudo o que se passa à sua volta é a histeria total.

P.S. - O que eu gostei mesmo, foi ter ouvido o «À minha maneira» dos Xutos e Pontapés. Este foi o único pormenor que conseguiu elevar esta apresentação megalómana.

domingo, 5 de julho de 2009

O que é que eu lhe faço?




Não sei o que se passa hoje com o gato.

Ou melhor, até sei, a cada dia que passa, parece-me que ele se vai apercebendo de toda a situação e vai ficando cada vez mais carente, o que lhe anda a provocar sérias perturbações emocionais.

Hoje, conseguiu superar-se a si próprio.

De manhã aninhou-se nas minhas pernas e dois minutos depois deu-lhe um ataque, saltou, como se se tivesse assustado com alguma coisa, e arranhou-me.

Logo depois fez chichi numa mala de viagem e quando o meu maluco lhe foi bater até lhe rosnou.

Agora acabou de arranhar a C, que estava cá em casa.


O que é que eu lhe faço?

Eu só queria que ele continuasse com a sua vidinha do costume.

É verdade que ele não gosta de crianças, nunca gostou, mas a minha esperança era que ele, como tantos outros gatos que eu conheço, se fosse habituando à presença das minhas feijocas quando nascessem, mas... neste momento já começo a duvidar seriamente que isso possa acontecer.

Ele hoje está doido de todo!
Eu juro que ele sabe ser muito carinhoso, muito mesmo, normalmente não tem este tipo de atitudes, aliás, muitas vezes até prefere esconder-se das pessoas estranhas e não incomóda ninguém, ou então fica no seu canto e se ninguém o chatear ele também não o faz, ou então vem pedir festas (claro, dependendo das pessoas)...


Contra tudo o que eu desejava, acho mesmo que vou ter que pensar em arranjar outra família para o gato.

Eu que só queria que todos se dessem bem!...

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Feijocas malucas

Esta noite as minhas feijocas têm estado completamente malucas! É que ainda não pararam um bocadinho!
Isto promete!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Parabéns...

... ao meu pai que faz hoje 70 anos, mas que continua a dizer que tem 29!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Surpresa!


... e se de repente no meio das compras do supermercado saltar um livro, isso é?...

O meu maluco foi fazer umas comprinhas ao supermercado e comprou um livro para a sua maluca! No meio do stress que tem sido a nossa vida, esta atitude derreteu-me.

Quanto mais não seja por isto, vou amar o livro!


O quarto das feijocas

«Grão a grão enche a galinha o papo» e «Devagar se vai ao longe» e «Mais vale tarde que nunca» e «Até o lavar dos cestos é vindima» e... e... e... e todos aqueles provérbios que defendem a calma e o devagar devagarinho, já que também esta é uma forma de chegar longe...

Vamos ao concreto e ao agora (lamento que o devagar me faça um bocadinho de comichão)!

O quarto das minhas feijocas foi finalmente pintado! UAU! Este feito não teria sido possível sem a ajuda dos meus vizinhos J e C que para além de "terem dado o litro" nesta odisseia também fizeram sugestões milagrosas! Confesso que nesta altura do campeonato eu já só queria que o quarto fosse pintado com as cores escolhidas e já não estava a fazer questão nos efeitos pretendidos nas paredes, mas... após a sugestão não resisti, mesmo sabendo que estava a dar mais trabalho, e o resultado está maravilhoso!

Aqui ficam umas fotografiazitas...