sexta-feira, 1 de junho de 2012

Imagens que marcam

As horas de sono são reduzidas desde há duas semanas, não só por esta virose-amigdalite maluca que primeiro as levava aos 40º de febre e agora as deixa na casa dos 34º, como também porque existe a correção de testes e fichas e afins.
Ontem, adormeci para cima das fichas. Acordei à 1h30. Olhei para os papéis à minha volta, vi as horas e decidi desligar o computador, estava de rastos e o melhor era ir para a cama. Depois de arrumar tudo, levantei-me da cadeira e vejo a minha I. em pé, junto do sofá a chuchar o dedo e a olhar para mim... assim, sozinha, como que abandonada, com um olhar triste. Corri para ela, perguntei-lhe se já ali estava há muito tempo. Disse-me que sim com a cabeça. Perguntei-lhe se tinha visto que eu estava a dormir. Não respondeu.

Continuo com o coração apertado. Não sei quanto tempo ela ali esteve, não sei se efetivamente me viu a dormir ou não e se, por isso mesmo, percebeu ou não que eu não dei conta da sua presença, ou se simplesmente pensa que eu estava a trabalhar e nem liguei nenhuma à sua pessoa.

Não me vou esquecer desta imagem. E dói.

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