segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Bem vinda ao funcionalismo público


Nota inicial de extrema importância - nunca fui uma daquelas críticas do funcionalismo público, já lá estive e sei como é, mas hoje não posso conter o que sinto.

Factos - Depois de alguma confusão na colocação das minhas feijocas na escola nova, isto nos dias 31 de julho e 1 e 2 de agosto, finalmente, a 3 de agosto já estava tudo "resolvido". Garantiram-me que elas estavam colocadas na escola, embora não aparecessem na lista, e que o CAF (complemento de apoio à família) também estava tratado, ou seja, hoje, dia 3 de setembro poderia deixar as miúdas na escola descansada. Excelente, pensei, está tudo resolvido, posso ir para férias sossegada e quando regressar ao trabalho as princesas conhecem a sua nova escola.

A realidade de hoje - Fui cedo. Queria estar um pouco com elas na escola para ajudar à adaptação. Afinal, a informação que me deram em agosto no agrupamento de escolas, sublinhe-se, no agrupamento de escolas, estava errada! Eles não recebem as crianças novas, muito menos as de três anos, agora! As minhas catraias só poderão entrar na escola no início do ano letivo que será, supostamente (sim, nem sequer me deram a certeza do dia), a 14 de setembro. Fiquei para morrer. Eu tinha que ir trabalhar, não tinha ninguém para me ficar com elas, e mais, não seria/será só hoje, mas até 14 de setembro! Fiquei desesperada e furiosa.

Solução - Graças a Deus, sem eu pedir nada, deixaram-me levá-las para o meu burgo e lá ficaram. Mas, e se não tivesse havido esta hipótese? Não é completamente normal que a entidade patronal nos permita uma coisa destas, alargando, inclusivamente, a oferta até ao início do ano letivo.

Conclusão - A questão da escola é que os meninos de 3 anos não devem entrar já para que não tenham que fazer 2 adaptações, uma ao CAF e outra à educadora e respetiva sala. Percebo completamente a perspetiva, mas no dia 14 eu terei que levar as feijocas às 7h45 da manhã, terão que ficar com as pessoas do CAF e só conhecerão a educadora por volta das 9h. Não são igualmente duas adaptações, ainda por cima no mesmo dia? Esta questão que me apresentaram como altamente pedagógica não será uma falsa questão? Não seria possível facilitar um pouco a vida às pessoas e permitir a entrada das crianças no início do mês de setembro? Com quem é que as crianças ficam até ao início do ano letivo? Contrata-se um serviço de ATL para estes dias, uma ama? Não são, mais uma vez, duas adaptações? Faz-se um acordo com o infantário anterior para que permitam a estadia das crianças na sala antiga até à escola nova começar? Não será pior para a criança perceber que afinal não vai estar todo o ano com os coleguinhas antigos e de um dia para o outro tem que deixar esse ambiente familiar para entrar num desconhecido? Ninguém tem um mês e meio de férias, certo? Como é que se faz? 

Parece-me que há por aqui alguma falta de visão e compreensão.

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