quinta-feira, 27 de maio de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Kilos e centímetros (II)
E hoje comecei as minhas massagens e crioterapia aqui e só com esta sessão perdi 1 centímetro nas bolas! Estou tão feliz!!!
terça-feira, 25 de maio de 2010
Mais um daqueles emails!
DIVULGUEM POR TODO O PLANETA
" O povo saiu à rua para festejar a vitória do Benfica e eu, apesar de ser do FC Porto, não achei mal. As pessoas têm o direito de ficar alegres.
O povo saiu à rua para ver o Papa e eu, apesar de ser agnóstica, não acho mal. As pessoas têm direito à sua fé.
O povo vai à Covilhã espreitar a selecção e eu, apesar de não ligar nenhuma, não acho mal. As pessoas têm direito ao patriotismo.
O governo escolhido pelo povo impõe medidas de austeridade umas atrás das outras, aumentando os impostos e não abdicando dos mega investimentos. O povo não reage. Não sai à rua. Reclama à boca pequena e cria grupos zangados no Facebook. É triste que este povo, que descobriu meio mundo, não imprima à reivindicação dos seus direitos a mesma força que imprime à manifestação das suas paixões."
Mas de espírito, antes de mais.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
O meu primogénito está doente

Sexta-feira fiz-lhe rasgados elogios pela sua longa e saudável vida, sábado ficou doente mostrando-me a sua dor e hoje foi ao médico. Veredicto final - radiador.
Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! 110€ só o radiador, fora a mão de obra!
Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!
(Estou a ver que vamos ter que mudar de planos mesmo!)
domingo, 23 de maio de 2010
sábado, 22 de maio de 2010
Mais dentes
Assim que fiquem efectivamente visíveis postarei aqui umas fotografias lindas!!!
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Dentinho a aparecer
E quando me dizem...
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Vuvuzelas
E hoje foi dia de ir ao "estaminé" fazer uma visita
terça-feira, 18 de maio de 2010
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Óculos de sol para as feijocas
Fim de semana em grande
Sábado rumámos à minha terra do coração só para irmos lá almoçar! (As planícies alentejanas são lindas na primavera, já estava com saudades!)
Domingo fomos beber café à praia e depois pensámos que até caía bem umas ameijoazitas e depois uma sapateirazita! (Lá se foi a dieta, não tanto pelo marisco, mas o pãozinho... ai Jesus!)
As feijocas portaram-se sempre muito bem! Estas marmelas gostam é de paródia!
sábado, 15 de maio de 2010
O Eça é que sabia
1862 - Eça de Queirós escreveu em As Farpas:
"...estamos num estado comparável somente à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesma trapalhada económica, mesmo abaixamento de caracteres, mesma decadência de espírito.
Nos livros estrangeiros, nas revistas, quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva poderá... vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se, a par, a Grécia e Portugal".
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Lesionada

Ah pois é! A malta pensa que tem vinte anos, a malta pensa que pode fazer tudo, a malta pensa que tem a agilidade de outrora, a malta fica feliz por voltar ao semi-activo e depois, olha, dá um beijão com o joelho onde não deve e depois fica lesionada, oh se fica! É que ainda me dói, nem consegui dormir bem nem nada e hoje ainda por cima vou esforçar o joelhito lá para os lados do Convento, portanto isto promete, acho que chego à noite com um trambolho!
quinta-feira, 13 de maio de 2010
... e passados oito meses e qualquer coisa...
Um dia tinha que ser! (Faz amanhã uma semana!!!)
quarta-feira, 12 de maio de 2010
terça-feira, 11 de maio de 2010
Quilos e centímetros
Já lá vão 4 kilinhos e menos 3 centímetros nas bolas!!! IUPIIIIIIIII!!!
Obrigada minha linda por todas as dicas, paciência e apoio. Juro que vou continuar a portar-me muito bem! (Ainda faltam tantos "kilões" e "centímetrões" que até assusta!)
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Impotência
Gostava de poder fazer alguma coisa.
Gostava de ter uma varinha de condão que fizesse desaparecer o teu sofrimento.
Gostava de conseguir tirar a dor que sentes no teu peito.
O sentimento de impotência é excessivamente grande. As minhas palavras são parcas, não chegam sequer para minimizar o que estás a viver (e não te posso enganar, dizendo o que provavelmente gostarias de ouvir).
A vida às vezes prega-nos estas partidas, ficamos sem chão e julgamos que nada mais faz sentido, mas o ser humano é por natureza um sobrevivente. Sobreviveremos e renasceremos a todas as intempéries. Por muito fundo que estejamos (e por vezes precisamos de bater bem lá no fundo), acabamos sempre por vir respirar à superfície e refazer a nossa vida. Ela é importante demais e temos que vivê-la aqui, agora e sempre.
domingo, 9 de maio de 2010
Benfica campeão
sábado, 8 de maio de 2010
Outra vez a minha feirinha
Pelos vistos não contentes com isto, parece que querem acabar com a minha feirinha de vez, pois que já há dois sábados consecutivos que ela não existe! Estou furiosa, é que odeio comprar os meus legumes e frutas no supermercado, odeio visceralmente!
Não quero comprar fruta e legumes espanhóis, não quero, quero ter de volta a minha senhora das frutas, comprar as coisinhas-boas-portuguesas-que-sabem-àquilo-que-são, ter aquele momento a lembrar as épocas idas com pregões à mistura e tudo!
Quero a minha feira de volta!
Quero comprar produtos nacionais!
Quero a minha ruralidade!
sexta-feira, 7 de maio de 2010
O amor também morre

Amor que morre
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta,
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!
Bem estava a sentir que ele morria...
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre... e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia...
Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos pra partir.
E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
De que outro amor impossível que há-de vir!
Florbela Espanca
Por vezes o amor morre, com ou sem aviso, morre lentamente, vai morrendo com o passar do tempo até que constatamos que já não mora lá, já não está no sítio do costume, desapareceu (normalmente para sempre) e depois sofremos e questionamos tudo, não percebemos o motivo dessa morte, mas sabemos que já não existe. Não é preciso a chamada "razão de peso", por vezes são "migalhas" que se amontoam e corroem aquilo que outrora existia.
O amor é assim, nasce, cresce e morre, como tudo na vida.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Feijocas a fazer ATCHIM!
Resultado, esta noite dormimos aos bocadinhos, por isso estou com dor de cabeça e sono, para além dos meus sintomas habituais da minha querida rinite contraída no domingo graças ao pólen que andava pelo ar... Aiiiiiiiii
Entrega de encomendas

O que me parece que seria realmente inteligente era que os CTT fizessem entregas de encomendas e cartas registadas em horário pós-laboral, pois assim minimizariam em grande escala o preenchimento dos avisos de recepção e a consequente ida aos Correios. Apesar de existir um suposto gasto adicional no pagamento de horas extraordinárias àqueles trabalhadores que teriam de fazer este serviço (ou terem que empregar mais gente, o que seria uma maravilha para os desempregados deste país), a verdade é que acabaria por existir uma maior rentabilidade em todo o serviço, pois poupar-se-ia na utilização dos tais avisos de recepção (que afinal também custam dinheirinho) e agilizava-se o funcionamento dos Correios em si, já que por vezes o tempo de espera para ser atendido é um suplício!
Tenho dito.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Strawberry fields forever de Clara Ferreira Alves
Nas cidades, vilas e aldeias é afixado o convite e as mulheres apresentam-seno local da selecção.
Inscrevem-se, são chamadas e inspeccionadas como cavalos ou gado nas feiras. Peso, altura, medidas,
dentes e cabelo, e qualidades genéricas como força, balanço, resistência. São escolhidas a dedo, porque
são muitas concorrentes para poucas vagas. Mais ou menos cinco mil são apuradas em vinte e cinco mil.
A selecção é impiedosa e enquanto as escolhidas respiram de alívio, as recusadas choram e arrepelam-se
e queixam-se da vida. Uma foi recusada porque era muito alta e muito larga.
São todas jovens, com menos de 40 anos e com filhos pequenos. Se tiverem mais de 50 anos são
demasiado velhas e se não tiverem filhos são demasiado perigosas. As mulheres escolhidas são
embarcadas e descem por sua vez sobre o Sul de Espanha, para a apanha de morangos. É uma
actividade pesada, muitas horas de labuta para um salário diário de 35 euros. As mulheres têm casa e
comida, e trabalham de sol a sol.
É assim durante meses, seis meses máximo, ao abrigo do que a Europa farta e saciada que vimos
reunida em Lisboa chama Programa de Trabalhadores Convidados. São convidadas apenas as mulheres
novas com filhos pequenos, porque essas, por causa dos filhos, não fugirão nem tentarão ficar na
Europa. As estufas de morangos de Huelva e Almería, em Espanha, escolheram-nas porque elas são
prisioneiras e reféns da família que deixaram para trás. Na Espanha socialista, este programa de
recrutamento tão imaginativo, que faz lembrar as pesagens e apreciações a olho dos atributos físicos dos
escravos africanos no tempo da escravatura, olhos, cabelos, dentes, unhas, toca a trabalhar, quem dá
mais, é considerado pioneiro e chamam-lhe programa de "emigração ética".
Os nomes que os europeus arranjam para as suas patifarias e para sossegar as consciências são um
modelo. Emigração ética, dizem eles.
Os homens são os empregadores. Dantes, os homens eram contratados para este trabalho. Eram tão
poucos os que regressavam a África e tantos os que ficavam sem papéis na Europa que alguém se
lembrou deste truque de recrutar mulheres para a apanha do morango. Com menos de 40 anos e filhos
pequenos.
As que partem ficam tristes de deixar o marido e os filhos, as que ficam tristes ficam por terem sido
recusadas. A culpa de não poderem ganhar o sustento pesa-lhes sobre a cabeça. Nas famílias alargadas
dos marroquinos, a sogra e a mãe e as irmãs substituem a mãe mas, para os filhos, a separação
constitui uma crueldade. E para as mães também. O recrutamento fez deslizar a responsabilidade de
ganhar a vida e o pão dos ombros dos homens, desempregados perenes, para os das mulheres,
impondo-lhes uma humilhação e uma privação.
Para os marroquinos, árabes ou berberes, a selecção e a separação são ofensivas, e engolem a raiva em
silêncio. Da Europa, e de Espanha, nem bom vento nem bom casamento. A separação faz com que
muitas mulheres encontrem no regresso uma rival nos amores do marido.
Que esta história se passe no século XXI e que achemos isto normal, nós europeus, é que parece pouco
saudável. A Europa, ou os burocratas europeus que vimos nos Jerónimos tratados como animais de luxo,
com os seus carrões de vidros fumados, os seus motoristas, as suas secretárias, os seus conselheiros e
assessores, as suas legiões de servos, mais os banquetes e concertos, interlúdios e viagens, cartões de
crédito e milhas de passageiros frequentes, perdeu, perderam, a vergonha e a ética. Quem trata assim
as mulheres dos outros jamais trataria assim as suas.
Os construtores da Europa, com as canetas de prata que assinam tratados e declarações em cenários de
ouro, com a prosápia de vencedores, chamam à nova escravatura das mulheres do Magreb "emigração
ética". Damos às mulheres "uma oportunidade", dizem eles. E quem se preocupa com os filhos?
Gostariam os europeus de separar os filhos deles das mães durante seis meses? Recrutariam os
europeus mães dinamarquesas ou suecas, alemãs ou inglesas, portuguesas ou espanholas, para irem
durante seis meses apanhar morango? Não. O método de recrutamento seria considerado vil, uma
infâmia social. Psicólogos e institutos, organizações e ministérios levantar-se-iam contra a prática
desumana e vozes e comunicados levantariam a questão da separação das mães dos filhos numa fase
crucial da infância. Blá, blá, blá. O processo de selecção seria considerado indigno de uma democracia
ocidental. O pior é que as democracias ocidentais tratam muito bem de si mesmas e muito mal dos
outros, apesar de querem exportar o modelo e estarem muito preocupadas com os direitos humanos.
Como é possível fazermos isto às mulheres? Como é possível instituir uma separação entre trabalhadoras
válidas, olhos, dentes, unhas, cabelo, e inválidas?
Alguns dos filhos destas mulheres lembrar-se-ão.
Alguns dos filhos destas mulheres serão recrutados pelo Islão.
Esta Europa que presume de humana e humanista com o sr. Barroso à frente, às vezes mete nojo.
Um excelente texto da Clara Ferreira Alves sobre a Europa.
Dá que pensar sobre o rumo que a sociedade vem tomando.
terça-feira, 4 de maio de 2010
Mais um texto magnífico do Ricardo Araújo Pereira
Em Portugal, há que ser especialmente talentoso para corromper. Não é corrupto quem quer
Portugal é um país em salmoura. Ora aqui está um lindo decassílabo que só por distracção dos nossos poetas não integra um soneto que cante o nosso país como ele merece. "Vós sois o sal da terra", disse Jesus dos pregadores. Na altura de Cristo não era ainda conhecido o efeito do sal na hipertensão, e portanto foi com o sal que o Messias comparou os pregadores quando quis dizer que eles impediam a corrupção. Se há 2 mil anos os médicos soubessem o que sabem hoje, talvez Jesus tivesse dito que os pregadores eram a arca frigorífica da terra, ou a pasteurização da terra. Mas, por muito que hoje lamentemos que a palavra "pasteurização" não conste do Novo Testamento, a referência ao sal como obstáculo à corrupção é, para os portugueses do ano 2010, muito mais feliz. E isto porque, como já deixei dito atrás com alguma elevação estilística, Portugal é um país em salmoura: aqui não entra a corrupção - e a verdade é que andamos todos hipertensos.
Que Portugal é um país livre de corrupção sabe toda a gente que tenha lido a notícia da absolvição de Domingos Névoa. O tribunal deu como provado que o arguido tinha oferecido 200 mil euros para que um titular de cargo político lhe fizesse um favor, mas absolveu-o por considerar que o político não tinha os poderes necessários para responder ao pedido. Ou seja, foi oferecido um suborno, mas a um destinatário inadequado. E, para o tribunal, quem tenta corromper a pessoa errada não é corrupto - é só parvo. A sentença, infelizmente, não esclarece se o raciocínio é válido para outros crimes: se, por exemplo, quem tenta assassinar a pessoa errada não é assassino, mas apenas incompetente; ou se quem tenta assaltar o banco errado não é ladrão, mas sim distraído. Neste último caso a prática de irregularidades é extraordinariamente difícil, uma vez que mesmo quem assalta o banco certo só é ladrão se não for administrador.
O hipotético suborno de Domingos Névoa estava ferido de irregularidade, e por isso não podia aspirar a receber o nobre título de suborno. O que se passou foi, no fundo, uma ilegalidade ilegal. O que, surpreendentemente, é legal. Significa isto que, em Portugal, há que ser especialmente talentoso para corromper. Não é corrupto quem quer. É preciso saber fazer as coisas bem feitas e seguir a tramitação apropriada. Não é acto que se pratique à balda, caso contrário o tribunal rejeita as pretensões do candidato. "Tenha paciência", dizem os juízes. "Tente outra vez. Isto não é corrupção que se apresente."