Vi-te no rosto daquele que não via há vinte anos.
Vi todos os momentos, todas as conversas, todas as loucuras, todas as partilhas.
Vi a tua cara riscada com caneta após o regresso no primeiro comboio da manhã.
Vi todos os copos que bebemos, todas as celebrações e promessas que fizemos.
Vi-te sentado no chão do meu quarto a chorar, a sofrer, a rir, a viver.
E tive saudades desses tempos.
E tenho saudades desses tempos.
Onde te perdeste?
Onde nos perdemos?
Ligo o rádio. Ouço The Cure. Nada mais apropriado. Nada mais nosso naquele tempo.
Should I stay or should I go surge a seguir, mais uma no rol daquelas que dançávamos freneticamente na nossa incógnita existência.
Um dia voltar-nos-emos a cruzar, meu irmão-de-outrora.
2015/2016
Há 9 anos
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