quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Dia das Bruxas

A esta hora estaríamos a caminho de Lisboa, depois de um jantar de quinhentos escudos na tasca aqui do sítio, já regados com vinho branco da casa.
Chegados a Lisboa, encontraríamos o quarto elemento dos Cavaleiros do Apocalipse que se riria pelo facto das meninas estarem com uma maquilhagem especial e com uma vassoura minúscula da autoria do pai da L.
A ronda começaria no Gingão com uma ou duas Ginjas, passaríamos pelo Cena de Copos onde atestaríamos um ou dois B'52 e iríamos de seguida ao Keops enfrascar um Afrodisíaco Alentejano ou um TGV, isto sem deixar de passar pela tasca em frente ao Frágil para beber um Pontapé na C_n_.
Finalmente, o destino seria a Rua Poiares de São Bento.
Pararíamos no passeio em cima do número 69, abraçar-nos-íamos e simularíamos uma espécie de orgasmo coletivo e depois era descer até ao Incógnito, onde o Rai já estaria à espera da nossa loucura. Seguir-se-iam as Batidas de Coco, as Vodkas ou Mezcal ou Absinto, o que fosse, músicas pedidas, risos e muita alegria.
(A esponja do nosso estômago aguentava tudo sem fraquejar.)
No final, ou melhor, no início da manhã, esperar-nos-ia aquela tremenda subida até ao Rossio para apanhar o primeiro comboio e rezar para que quando metesse a chave na fechadura da porta de casa, o meu pai não tivesse colocado o alarme, ou, se ele o tivesse feito, desempenhar o papel de ladrão XPTO que tendo uma chave do alarme consigo, conseguia através de um espaço minúsculo colocar a chave na ranhura e dar a volta sem que o apito soasse.


Que saudades...



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