domingo, 20 de fevereiro de 2011

À nossa volta


Há já algum tempo que as mesmas situações existem à minha volta e isso deixa-me a pensar. A vida dos outros não é só dos outros, se os amamos, é nossa também e a dor alheia instala-se em nós "como se fosse nossa" (não, não tenho a veleidade de pensar que sinto o mesmo que eles, "quem está no convento é que sabe o que lá vai dentro", no entanto dói, dói muito).
As questões são muitas. Afinal o que é o amor? Já tantos poetas, escritores, filósofos o tentaram definir e concluíram que era impossível fazê-lo.
Se o início de um amor se consegue transpor minimamente para as palavras, já que existem, inclusivamente, factos "palpáveis" que o confirmam, a continuidade/longevidade desse amor é que se torna difícil de perceber (ou talvez não, talvez as dúvidas sejam mesmo só minhas).
Qual é a fronteira entre o amor "estável", "adulto", "rosa" e o hábito de estar com alguém?
Será que quando as palpitações por ver determinada pessoa desaparecem isso significa que já não há amor, mas sim apenas o hábito de estar com essa pessoa?
Quando é que temos a certeza de que já deixámos de amar e o que existe é simples carinho, amizade, companheirismo?
Será que uma traição basta para ditar o fim de uma relação e de um amor?
Será que o simples facto de alguém se sentir atraído por outra pessoa é sinónimo de ter deixado de amar o/a seu/sua companheiro/a? Ou será preciso consumar o acto?
Não sei.
Às vezes acredito na monogamia, afinal, quando amamos e estamos bem, a pessoa com quem estamos basta-nos porque nos completa, outras vezes acho que a monogamia é impossível, pois estamos vivos e é normal que sintamos atracção por outras pessoas e porque podemos amar de diferentes formas.
E depois há novamente as dúvidas acerca do hábito de estar com.
E depois vêm as dúvidas acerca de definir o que é hábito e o que é a longevidade do amor.
E depois não sei.

1 comentário:

Sofia disse...

Olá, o amor é um sentimenro complexo e que requer um entendimento constante, consoante a fase da vida em que nos encontremos. Contudo, tem uma mensagem intemporal: partilha!
Beijinhos,
Sofia