quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Resort 237 - Ilha da Culatra

Depois de ter passado a ponte para lá e sentir aquele aroma no ar e leveza de coração, voltei a passar a ponte para cá o que significa nostalgia e desânimo.
"O que é bom acaba depressa" diz o povo e com razão.
Este ano rumámos a sul e ficámos na Ilha da Culatra. As perspectivas eram, confesso, baixas. Nunca tinha ouvido falar, as informações eram escassas e portanto o medo de ser um fiasco era mais que muito.
Afinal, a ilha era tudo aquilo que eu queria. Pouca gente, silêncio (afectado pelo barulho dos aviões, pois o aeroporto de Faro é logo ali), praia imensa, liberdade para as feijocas (que se deliciaram com as corridas na praia, conchinhas, piscinas, corridas no alpendre, tentativas de "apanhar" gaivotas, etc), água semi-quente, conquilhas (apanhadas por nós e cozinhadas no próprio dia), pessoas afáveis e prestáveis, casinha simpática, peixinho delicioso, e mais isto e aquilo e o outro.

Coisas que permanecerão:
As brincadeiras e loucuras das feijocas: as corridas, as cócegas no pescoço, a contemplação do mar, a ingenuidade de querer dar uma festinha a uma gaivota, as massagens que elas dão nas costas, o desenvolvimento da linguagem, o "tchau-beijo-té manhã" aos aviões, as travessuras, a cumplicidade das manas, ...

A Marília e o Hélio (mãe e filho), donos da mercearia lá do sítio, são o cartão de visita da ilha. Graças a eles tínhamos peixe fresquíssimo sempre que queríamos, ofereceram-nos umas ostras maravilhosas


e até nos ajudaram a levar a bagagem para o barco no seu fabuloso tractor (para além da motoreta de caixa aberta do Centro Social é o único meio de transporte na ilha).

A "praxe" de termos ido parar à ilha da Armona (no último barco) pensando que estávamos a ir para a da Culatra e a terrível viagem de Aqua-taxi que fizemos de uma para outra ilha.

E já acabou. Para o ano há mais (ou não, nunca se sabe). Uma coisa é certa, tendo em conta os objectivos actuais, a minha ilha de Tavira foi destituída pela da Culatra.

2 comentários:

Adoro cozinhar! disse...

Ola,um dia antes de ir para a Culatra pesquisando na net encontrei este seu blog. Por coincidencia ficamos numa casa da d. Marilia e falei-lhe da sua familia e ela ate ficou com uma lagrima no olho. Disse-me que ficou com mtas saudades vossas. Ela é realmente mto simpatica e a ilha é tudo o que descreveu. Tb foi a 1ª vez mas nao será de certeza a ultima.

Incógnita disse...

Quando li o seu comentário todo o meu rosto sorriu! Há coincidências incríveis! Fico muito contente por ter gostado e pelas minhas dicas terem sido comprovadas. Ainda bem que gostou.
A Marília e o Hélio são mesmo pessoas especiais!