sexta-feira, 15 de maio de 2009

Amor que falta

Todos os membros da família são importantes, todos têm um lugar e uma função.
Às vezes faltam-nos esses elementos, quer por causas naturais, quer por causas geográficas, quer por questões emocionais.
Nunca conheci os meus avós paternos. Já tinham morrido quando eu nasci. Quem os conheceu, diz que eu sou parecida com a minha avó, o que me orgulha muito, porque sinto que ela sempre foi uma mulher de garra, mas sensível, lutadora, mas sofrida, doce, mas rigorosa, rural, mas elegante...
Os meus avós maternos fizeram e fazem supostamente parte da minha vida. Por questões geográficas a nossa convivência é pouca, mas o problema não é bem esse.
Acredito que os sentimentos ultrapassam qualquer fronteira, que não há longe nem distância, que quando queremos co-existimos com o outro.
Compreendo que os netos que estão perto dos avós sejam os preferidos.
Compreendo que os nossos feitios sejam distintos.
Compreendo que nunca terei um lugar no seu coração como os outros.
Não compreendo que nem sequer me dêem hipótese.
Não tenho nem ciúmes nem inveja deles.
Só tenho pena, pena de nunca ter tido aquilo que me parece ser importantíssimo para qualquer pessoa.
Agora já é tarde. Já perdemos os elos. A distância emocional é muito grande e não permite uma aproximação.
Paciência. Já foi mais duro do que é.
Lembrei-me disto porque a minha avó veio fazer uma visitinha cá por estas bandas.

1 comentário:

sophiarui disse...

o elo está lá!

:)