No passado dia da mãe, por duas vezes, vi-me confrontada com uma pergunta/afirmação que para mim ainda não faz sentido: «Este ano é diferente, não é? Este dia para ti tem outro sentido. Feliz dia da mãe!».
Lamento mas eu ainda não sou mãe!
Não é por estar grávida que já sou mãe!
Não é por estar grávida que tenho que gostar de todas as criancinhas que me aparecem à frente.
Não é por estar grávida que me tenho que derreter com bebés!
Chamem-me fria, insensível, azeda, o que quiserem, mas este é o meu mais profundo sentimento.
Eu só me vou sentir mãe quando as minhas feijocas nascerem (não, não chega vê-las numa ecografia através de um ecrã a preto e branco em que nada se percebe). O momento determinante, o ponto de viragem, a real materialização de um facto será o seu nascimento. Até lá, eu sou apenas uma mãe em projecto, em construção, em formação, inacabada.
E não me parece que estas minhas conscientes afirmações sejam a prova de que eu serei uma má mãe ou que não gostarei das minhas filhas.
Apenas sinto as coisas de outra maneira.
Resumo dos últimos 3 meses
Há 8 anos
2 comentários:
Sempre com força... É assim mesmo. Quem fala assim não é gago. E toma lá vai disto... e muitas outras ;)
bj
Esta é a minha C!
È isso mesmo minha querida, cada um com a sua convicção!
Bjinhos grandes
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