quarta-feira, 3 de março de 2010

Fechar a porta

Desde que me conheço tenho pavor a fechar a porta. Fechar a porta é algo muito definitivo. Prefiro que me fechem a porta a ser eu a fazê-lo, mesmo nas pequenas coisas. Prefiro as portas encostadas, entreabertas, mas nunca fechadas e mesmo quando a porta está fechada a sete chaves, eu tento que se abra uma janela. Tenho dificuldade em encerrar de vez os ciclos, parece que poderia haver sempre mais alguma coisa e se trancar a porta definitivamente então depois não há volta a dar, não há retorno e isso assusta-me. É o eterno "e se..." (odeio esta conjunção subordinativa condicional).
Ontem e hoje, enquanto estava a dar de mamar, agora sem recurso à bomba (e sem saber se as minhas feijocas estão a beber o suficiente), só pensava que não quero fechar esta porta. Preferia que as produtoras-do-leitinho-bom desistissem por elas, secassem, dissessem "basta, estamos cansadas e daqui já não sai nada", a ser eu a dizer "já chega" (apesar de acreditar nos sinais).

Sou mesmo complicada!

1 comentário:

A Minha Essência disse...

Não amiga... És mãe! Estás a pensar com a cabeça e coração de MÂE!!!

Beijokas :)